O legado do vinho

Maipú foi o destino escolhido pelos imigrantes europeus que pretendiam conservar uma de suas tradições familiares mais emocionantes: a elaboração do vinho.

Graças à tenacidade de seus habitantes e os privilégios naturais de solo e clima, Maipú, Primeira Zona Vitícola da Argentina, manteve a tradição de sua descendência, alcançando o reconhecimento internacional pela excelência de seus vinhos.

Lugares como o Museu do Vinho da” Bodega La Rural”, ou o Museu Nacional do Vinho e da Vindima, foram testemunhas e conservam grande parte desta história.

Bodegas López, Familia Zuccardi ou Finca Flichman, como também numerosas vinícolas artesanais de caráter familiar, oferecem o prazer sonhado para cada um de nossos sentidos.

Suas intensas texturas, seus matizes, seus aromas e seus sabores sofisticados geram um contexto pleno para sua degustação, aportando indicadores de sua elaboração, de seu entorno natural e, inclusive, do desejo de preservar para toda a humanidade um de seus mais valiosos tesouros: o vinho.

Antiga Bodega Giol

A antiga Bodega Giol fica na Cidade de Maipú, na rua Ozamis, nº 1.040. Sua história remonta aos fins do século retrasado, em 1.896, quando Juan Giol, italiano e Juan Bautista Gargantini, suíço italiano, decidem formar uma sociedade destinada à plantação e exploração de vinhedos.

Em 1.909, quando os dois chalés dos proprietários estavam em execução, Juan Giol viajou para a França e comprou barricas de carvalho de diferentes medidas, e um tonel de carvalho de Nancy, de 75.000 litros com uma escultura de bronze. Este tonel recebeu o primeiro prêmio como o maior do mundo, na exposição realizada pela Rural em Palermo, em homenagem ao centenário da Revolução de Maio em 1910. Em 1.911, a sociedade é desfeita e Giol continua a frente da empresa fundada em Maipú.

A Vinícola cresceu até se tornar a Maior do mundo. Depois de passar por diversas formas societárias, em 1.965 se converteu em Vinícola Estatal.

 

Museu Nacional do Vinho e da Vindima

Pouco antes de 1.910, Giol e Gargantini decidiram construir novas residências contratando para isso o arquiteto bolonhês Manuel Mignani e o construtor Ricardo Ciancio. As casas seguiam o modelo das vilas italianas, no estilo Liberty, versão italiana do Art Nouveau (1895-1914), rodeadas de jardins. Os locais de recepção ocupavam grande parte de sua superfície e grandes janelas e varandas abriam-se para seus jardins.

Um elemento constante em ambos os chalés era a torre do mirante, para dar um aspecto monumental às fachadas.

Em 1.910 incorporaram aos chalés água potável proveniente dos filtros da vinícola, e luz elétrica de geradores próprios, enquanto que a vila de Maipú permanecia às escuras e usava a água da fonte da praça.

Um destes chalés, onde está o Museu Nacional do Vinho.

 

Museo del Vino, Bodega La Rural

A idéia nasceu de Don Francisco Rutini, o filho maior de Don Felipe, quem no ano 1945 criou um museu no que se reuniram os elementos de maior importância da historia da viticultura de Mendoza.

O museu localiza-se dentro da Adega La Rural e conta com uma grande variedade de maquinaria e outros elementos que contribuíram à labor vinícola mendocina. Muitas das peças que se expõem, foram encontradas na antiga adega e na zona em redor dela.

 

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