A Argentina conta com 16 roteiros vitivinícolas que se estendem através de 08 províncias, desde o norte dos Andes até os vales da Patagônia unidos pela polivalente Rota n°40.
Nestes roteiros é possível conhecer a diversidade de sabores e aromas que provem de climas, terras e cultura de cultivos distintos entre si. Este universo de variedades – Malbec, Torrontés, Syrah, Chardonnay e outras cepas – nos permite desvendar em cada taça os segredos destas terras, sua cultura e costumes.
Os Caminhos do Vinho da Argentina nascem para oferecer aos seus visitantes uma experiência eclética, na qual o vinho possa apreciar-se com todos os sentidos. Assim, ao transitar pelas estradas marcadas pela atividade vitivinícola iniciamos um percorrido de infinitas sensações que nos surpreendem com seus deliciosos sabores, aromas, cores, texturas e panoramas.
Mais de 170 vinícolas e outras empresas de prestigio relacionadas ao turismo vinícola trabalham em conjunto para oferecer aos visitantes uma experiência única na qual cada detalhe seja inesquecível.
Apto para experts e amadores, para todos que buscam descansar ou aqueles que buscam aventura, temos o momento e o vinho adequado para todos, pois a ampla diversidade geográfica e climática do país brinda aos seus vinhos um toque de personalidade única, assim como todas as possibilidades de cada parada. Enquanto apreciam estas paisagens impressionantes, descobrem os segredos e o espirito de cada terroir, expressados na arte que dá vida aos maravilhosos vinhos que fazem parte dos Caminhos do Vinho da Argentina.
Cada uma das províncias que fazem parte dos Caminhos do Vinho da Argentina possui uma peculiaridade que define seu caráter único, fazendo deste percorrido de turismo enológico uma viagem incomparável. Transitando por esta rota com suas incríveis e variadas paisagens encontramos primeiramente algumas províncias do Noroeste argentina: Salta e Catamarca que se destacam por sua profunda marca cultural e que ainda conservam as tradições dos povos originais.
SALTA, a linda, abriga os vinhedos de maior altitude do mundo (Yacochuya a 2.000 m. e Colomé a 2.300 m.) e oferece uma experiência excepcional e variada. A região vitivinícola mais importante de Salta é o Vale de Cafayate.> este vale está rodeado por cordões montanhosos, com altura aproximada de 1.700 m. com mais de300 dias de sol ao ano e uma amplitude térmica que pode chegar a 18°C. O tipo de uva mais típico é o Torrontés.
CATARMACA conta com condições ideais para a elaboração de vinhos finos de alta qualidade. Como solo arenoso, argila e muitas pedras, clima continental temperado, de temperaturas que sofrem grandes variações entre o dia e a noite e com altitude média de 1.500 metros.
Entre Tinogasta e Fiambalá, em pleno vale vitivinícola em uma área de 50 km, também é possível percorrer a rota temática do adobo, corredor turístico e cultural de relíquias arquitetônicas construídas com este material nos séculos XV e XVIII. É um trajeto que passo pelo vale do rio Abaucán e que visita ruinas arqueológicas e lugarejos tradicionais, com referencias de lendários majores coloniais: ruinas pré-colombianas, casa familiares, igrejas, oratórios e até pinturas das culturas de Cuzco se misturam neste caminho singular. As vinícolas, na sua maioria, estão pensadas para a elaboração de vinhos finos e, muitas das instalações são artesanais.
Já no centro do mapa podemos notar a influencia da imigração europeia, pois na província de CÓRDOBA o vinho regional se combina com a deliciosa gastronomia e o folclore típico da comunidade italiana. Os Friulanos que chegaram à Argentina a final do século XIX continuaram a tradição vitivinícola deixada pelos Jesuítas. A produção cordobesa de vinhos se concentra no Município de Colón principalmente, sendo “Colônia Caroya” a que possui a maior quantidade de vinícolas e produtores que elaboram vinhos artesanais.
Passando pela região de Cuyo, encontramos as províncias de La Rioja, San Juan e Mendoza. Lugares onde a historia está presente por todas as partes: nas paisagens imponentes dos parques nacionais e provinciais, nos museus e nas vinícolas.
O Vale de Chilecito é a zona mais importante de LA RIOJA, localizado ao oeste da província, entre o maciço de Velazco ao leste e os cumes nevados de Famatina ao oeste. Este vale oferece condições ideais para o cultivo de videiras: mais de 1.000 metros de altitude, solos aluviais com textura franca a franco-arenosa, baixa humidade, com apenas 150 mm, de chuvas anuais, muito luz solar e amplitude térmica media, durante o verão, que oscila entre 35°C durante o dia e 17°C durante a noite. A variedade mais cultivada é a Bonarda.
O Vale de Tulum, ao sul da província de SAN JUAN é a região mais importante da indústria vitivinícola dessa província. Com clima seco e temperado e altitude de 600 metros, se elaboram uma grande variedade de vinhos, desde os de mesa até os finos e licorosos. O solo aluvial-arenoso e com presença de argila e muito permeável é ideal para a vitivinicultura.
A variedade que melhor se adaptou à região foi a Syrah, alcançando grande concentração aromática.
MENDOZA, “Terra do Sol e do Bom Vinho”, é a região vitivinícola mais importante do país e um lugar emblemático quanto ao turismo enológico.
Este percorrido culmina nas províncias patagônicas de Neuquén e Rio Negro, onde as paisagens incríveis se misturam com a paleontologia para oferecer uma viagem que sempre convida a regressar.
Na província de NEUQUÉN se encontram vários vinhedos e vinhos desde muitas décadas, mas que ainda não conseguiram transcender até o surgimento da “Bodega del Fin del Mundo”, que soube aproveitar as excelentes condições climáticas da região. O clima frio e os ventos constantes também favorecem a saúde dos vinhedos, sendo praticamente desnecessários os tratamentos com pesticidas.
O Alto Vale de RIO NEGRO possui condições climáticas ideais para a elaboração de vinhos base para espumantes, elaborados principalmente a partir da uva Semillón. Mesmo assim variedades como Pinot Noir e Merlot conseguiram um equilíbrio ideal entre açúcar e acidez, que lembram os vinhos europeus.
A principal virtude desta região é o vento forte, que mantém o ambiente seco evitando que apreçam determinadas doenças o que permite a elaboração de vinhos orgânicos, sem o uso de agroquímicos. A grande amplitude térmica, especialmente durante o outono, permite que a uva amadureça lentamente e concentre açúcar.
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